Triângulo de exposição ISO
Conforme artigos anteriores publicados aqui no FotoBlog, sabe-se que o sensor tem o papel de registrar a imagem e sua qualidade está ligada ao seu tamanho e à quantidade de pixels registrados por ele, formando a imagem.
Embora ele seja uma parte fundamental no resultado de uma foto, ele não opera sozinho. Para gravar a imagem nesse sensor de forma eficiente, é necessário um conjunto de fatores que trabalham juntos, permitindo que a luz chegue até o fim de seu caminho em volume e tempo adequados, para cada tipo de situação.
Componentes
A fotografia acontece quando o sensor da câmera é exposto à luz pelo tempo necessário até que forme a imagem desejada. No corpo da câmera, existem componentes que atuam de forma conjunta para que a fotografia aconteça, como você pode verificar na na imagem abaixo.
Os fatores primordiais ligados à eficiência no uso do sensor são a sensibilidade ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma. Juntos, eles formam o triângulo de exposição.
Enquanto o ISO é responsável pela qualidade de gravação da imagem no sensor, o obturador encarrega-se do tempo de exposição à luz e o diafragma, da profundidade de campo e quantidade de luz que a objetiva receberá.
Assim, o conteúdo a seguir fará o desdobramento de cada uma dessas etapas para que você possa compreender e utilizar de forma correta o triângulo de exposição, necessário para operar a câmera corretamente em modos não automáticos.
Pilares do Triângulo de Exposição
ISO – International Organization of Standardization.
O ISO é uma escala de medida da sensibilidade do sensor à luz, sendo que, quanto menor a numeração, menor a sensibilidade do sensor/película, tendo assim, um grão mais fino. Quanto maior o ISO, maior a sensibilidade à luz. O uso do ISO elevado é ideal para locais com baixa luminosidade, contudo, ao se elevar muito o valor do ISO, aumenta-se também o tamanho do grão, resultando em ruídos na imagem. No caso da fotografia digital, os pixels se tornam maiores, bastando um simples zoom para se enxergar os pontos que constroem a imagem.
ISO x ASA
O ISO é para as câmeras digitais comparável (mas não substituto) a uma medida conhecida como ASA nas câmeras analógicas, com uso de filme. Enquanto o ISO altera-se a cada foto, a numeração ASA definia-se para todo o rolo de película, não permitindo a mudança até o uso de todo o conteúdo. Assim, o filme era adquirido em ASA 100, 200, 400 ou 800, de acordo com a situação de luz e tipo de cena esperada pelo fotógrafo. A medida equivalia para todas as “poses” contidas nos filmes de 12, 24, 36 ou 48 fotos, não podendo alterar. Hoje, com o avanço da tecnologia digital, as configurações são modificadas de acordo com cada cena ou assunto a ser registrado.
O Mito
Existe um mito na fotografia digital de que o ISO posicionado em 100, por ser um valor considerado baixo, é o ideal para a qualidade da imagem. É verdade que valores menores tendem a manter uma gama variada de cores e granular menos a imagem, como pode observar nos nas imagens. Contudo ISOs mais baixos requerem maiores quantidades de luz. Dependendo da situação de iluminação a que as cenas estão expostas, faz-se a escolha do valor ISO para números maiores ou menores.
Graduação do ISO
Existem três pilares de regulagem para que uma fotografia tenha boas condições de leitura: a sensibilidade ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma. Por isso, quando combinados esses três pilares, atingem-se diferentes resultados na fotografia, ampliando ou diminuindo a qualidade visual de acordo com cada combinação e aproveitamento da luz que passa pela objetiva.
Ruído
Junto com a abertura e a velocidade do obturador, essa configuração desempenha um papel fundamental na exposição de uma imagem. O ISO baixo por vezes descrito como “lento”, porque usá-lo faz com que normalmente uma velocidade lenta do obturador seja necessária. Valores altos costumam ser chamados de “rápidos” porque eles permitem que uma velocidade “rápida” seja usada.
O sensor de imagem é receptivo à luz e tem uma corrente eletrônica, ou sinal, que passa por ele e alimenta o processador com a informação de imagem antes dos dados serem transferidos para o cartão de memória. Quando você muda o ISO, na verdade não está aumentando a sensibilidade do sensor à luz, mas, ajustando a intensidade do sinal que passa por ele. Aumentar o sinal tem o efeito colateral indesejado de aumentar o ruído que se torna mais visível nas fotos com ISOS rápidos. Quanto maior o ISO, mais forte o sinal e, portanto, maior quantidade de ruído presente nas imagens.
Daí a importância de compensar essa granulação típica de valores altos (ou rápidos) do ISO através de velocidades mais altas ou aberturas maiores.
Compensação | Triângulo de exposição ISO
Um bom exemplo é uma foto produzida em competições esportivas, dentro de museus ou espetáculos onde não permite o uso de flash. Em situações como essas, é muito provável que o ISO posicionado em 100 não resulte em uma boa foto, devido à baixa condição de luminosidade. Nesse caso, você poderá compensar o aumento do ISO acelerando a velocidade do obturador.
CONTINUA NO PRÓXIMO ARTIGO
Enfim, nos encontraremos no próximo artigo sobre técnica fotográfica.
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