Primordialmente, fotografia é o processo de captura e registro da luz, desmembrando a palavra fotografia, temos Foto = luz + grafia = escrita
A luz, tão comum aos nossos olhos, foi e ainda é matéria de estudo de artistas e cientistas. Hoje, temos a luz elétrica e o raio laser. Mas imagine quando isso não existia e somente a luz do sol e a luz do fogo iluminavam tudo que existe no mundo?
As coisas são visíveis porque existem fontes de luz que projetam os raios luminosos sobre elas e a imagem iluminada é refletida. Esse reflexo poderá ter aparências distintas, dependendo da condição da fonte emissora, que é o instrumento gerador de luz.
As fontes emissoras podem ser classificadas de duas formas: naturais, como o sol; e as artificiais, criadas pelo homem, como o fogo e o flash eletrônico, por exemplo.
As fontes de luz traz diferenças substanciais na cor, no contraste e na textura das fotografias. Por isso, conhecer suas características para tirar melhor proveito é indispensável. Dessa forma, evita-se surpresas por efeitos desagradáveis, como a divergência cromática, por exemplo.
Assim, a luz emitida por qualquer fonte tem um atributo muito importante, denominado temperatura de cor. Essa propriedade vai definir o tom de cor que predomina na fotografia e resulta em efeitos interessantes ou num desastre total, se não conhece como funciona.
Escala Kelvin
A temperatura de cor presente na iluminação é determinada pela fonte emissora. Em fotografia, ela é organizada por uma escala, que vai de 3.400 a 6.500, expressa em graus Kelvin. Escala criada em 1854 pelo matemático e físico irlandês Willian Thomson, conhecido por Lord Kelvin.
Nessa escala, a temperatura de cor de referência para a fotografia tem aproximadamente 5.600K e é a emitida pelo sol. Essa mesma temperatura de cor é encontrada nos flashes eletrônicos. Portanto, podemos disparar o flash associado à luz do dia sem prejuízo das cores.
Por mais que, para nossos olhos essa diferença pareça imperceptível, a variação dessa temperatura pode modificar muito o resultado das cores de uma imagem. Pois, acima de 5.600K, a tonalidade dominante será o azul esverdeado, abaixo de 5.600K, teremos um tom amarelo avermelhado.
O olho humano adapta-se às diferentes temperaturas de cor, porém, a máquina fotográfica digital precisa ser ajustada à luz existente no ato da captura da foto.
Ao ajustar o branco, as outras cores também estarão adaptadas ao tipo de luz do ambiente em que o balanceamento foi feito.
White Balance
A maioria das câmeras oferecem um ajuste automático do equilíbrio de cor conhecido como Auto White Balance (AWB). No entanto, a mistura de fontes com diferentes temperaturas de cor podem causar divergência de cor. Por exemplo: uma iluminação com lâmpadas fluorescentes, associada à luz de uma janela, resulta em uma temperatura de cor com a qual nenhum ajuste predefinido será capaz de lidar. Por mais que use o AWB, você poderá ter problemas no resultado das cores em suas fotos.
Então, atualize o WB para cada mudança de iluminação ou deixe a câmera no modo de ajuste automático da temperatura de cor (AWB). Já que, uma nuvem de passagem pode causar uma grande mudança no balanço de branco, que se não for ajustado no momento da captura, fará que a imagem necessite de tratamento no momento da edição.
***Fonte: Livro Fotografia Teoria e Prática | Autor Vitché Palacin
Enfim, nos encontraremos no próximo artigo sobre técnica fotográfica.
Então, curtiu o artigo e quer contribuir com um cafezinho de agradecimento? Faça a sua contribuição através do QR Code abaixo. Ajude o Foto Blog que te ajuda. Qualquer valor é bem vindo! Um café tá R$2 aqui, por exemplo.
Artigos Relacionados
| Fazer longa exposição | Tipos de câmeras | Luz o princípio (parte 1) | Luz o princípio (parte 2) |
| Fotógrafo | Saquarema | Foto | Fotografia | Galeria Online | FotoBlog | Claude Monet | Técnica Fotográfica | Técnica Fotográfica Cor